Meu lugar


Création2024
Criação 2024

Conférence performée
Palestra performada
de Fanny Vignals

Tout publics
Todos os públicos

Durée·duração: 45 à 60mn
+ 20mn d'échange/troca

Pour plateaux ou autres espaces avec possibilité de projection d’images
Para palcos e outros espaços com a possibilidade de projeção de imagens

Langues: portugais brésilien ou français
Português (Br) ou Francês

Direção, coreografia, interpretação
FANNY VIGNALS

Regards·olhares et conseils
MARIE DOIRET (Fr)
MAXIME FLEURIOT (Fr)
en cours·em processo (Br)

Coordenação de produção no Brasil
CATHERINE SCHLUP

Présentation·Apresentação

- français plus bas -
Palestra performada da coreógrafa francesa Fanny Vignals sobre sua trajetória entre a dança contemporânea e tradições orais occitanias e afro-brasileiras. 

Oriunda de uma família de agricultores na região rural da Occitânia, no sudoeste de França, Fanny Vignals nunca foi destinada a tornar-se uma coreógrafa contemporânea especializada em danças afro-brasileiras. No entanto, 20 anos depois de ter pisado no Brasil pela primeira vez, este país ainda não a abandonou. É uma forma de reparação para esta bailarina que, depois de uma formação de alto nível em balé e dança contemporânea, tem lembranças por vezes traumáticas: generosa demais, transbordante demais, demasiado popular? Primeiro encontrou o carnaval, depois a energia, a espiritualidade e a profundidade das danças rituais do candomblé. Danças que as vezes são olhadas com desdem na Europa. Não são suficientemente frias, não são suficientemente distantes, são rítmicas demais, alegres demais? É uma nova herança que a reconecta com o mundo das danças de tradições occitanas consideradas regressivas e feias no tempo dos seus avós. Com a dança afro-brasileira, Fanny reencontra as suas raízes na terra, o sentido de comunidade e a uma ligação orgânica com a música. Em ambos os casos, trata-se de mundos pouco conhecidos pela ortodoxia cultural, por vezes desprezados pelo conhecimento eurocêntrico.

Através desta lecture performance, e do caminho desta artista-pesquisadora-transmissora, vem também a questão da identidade, plural, composta, conquistada, reconstruída. Navegando entre múltiplas heranças, a dança de Fanny atravessa saberes culturais e cultuais por vezes discordantes. Qual é a identidade do meu corpo, as suas raízes físicas e espirituais? Qual é a minha cultura?

 

Présentation

Conférence performée de Fanny Vignals • Histoire d'un parcours entre danse contemporaine et cultures de traditions afro-brésiliennes

Originaire de familles paysannes très modestes du Lot, Fanny Vignals ne se destinait pas à devenir une chorégraphe spécialiste des danses afro-brésiliennes. Pourtant 20 ans après avoir posé un premier pied au Brésil, ce pays ne l’a toujours pas quittée. Une forme de réparation pour cette danseuse qui, passée par des formations classique puis contemporaine de haut niveau en garda un souvenir parfois traumatique : trop généreuse, trop débordante, trop populaire ? Elle rencontre le carnaval puis l’énergie, la spiritualité et la profondeur des danses rituelles du candomblé. Des danses parfois regardées avec mépris en occident. Pas assez froides, pas assez distancées, trop rythmiques, trop joyeuses ? Un nouvel héritage qui la reconnecte à l’univers du bal occitan jugé régressif et laid au temps de ses grands-parents. Avec les danses afro-brésiliennes, Fanny redécouvre l’ancrage à la terre, le sens de la communauté, le lien organique avec la musique. Dans les deux cas, des univers mal connus par l’orthodoxie culturelle, parfois méprisés par les savoirs euro-centrés.

À travers cette conférence dansée, et l’itinéraire de cette danseuse-chercheuse, se pose aussi la question de l’identité, plurielle, composée, gagnée, reconstruite. Naviguant entre de multiples héritages, la danse de Fanny croise des savoirs culturels et cultuels parfois discordants. Quelle est l’identité de mon corps, son ancrage, physique et spirituel ? Quelle est ma culture ? Celle d’où je viens, celle qui me compose ou celle que je me choisis ? Entre la France et le Brésil, entre l’espace sacré et l’espace profane, entre toutes les danses qui me traversent, quel est mon lugar de fala, quel est l’endroit d’où je parle ?

 

Dossier de production Meu lugar (titre provisoire)
Tradução em português em processo